Perante certos factos, surge por vezes na comunicação social, certos comentários aquando de uma tragédia/cataclismos/cheias/desastre de avião/desmonoramentos/queda de bancadas/intoxicações alimentares/etc,etc onde se faz uma referência peculiar ao nº de crianças mortas:
Passo a exemplificar: (o que está entre parêntesis é acessório para a paranóia mas achei por bem pôr)
- "Sismo nos Açores mata 100 pessoas entre elas 30 crianças.(Carlos César já prometeu casas para os sobreviventes)".
- "Crise humanitária mata 1500 no Sudão entre elas 120 crianças.(já agora chega-nos à redacção a informação que Guterres já vai a caminho)".
- "Drama em New jersey onde há pelo menos 5 crianças mortas nas mais de 500 pessoas perecidas.(temos Pedro Bicudo ao telefone)".
Quando se pretende aumentar a tragédia refere-se o nº de crianças.
Como sabem qualquer desastre massivo em que não se diga o nº de crianças mortas o telespectador perde o interesse e tende a diminuir a tragédia.
O que eu acho piada é por vezes a desporporção dos numeros. Por ex: Morrem 10.000 pessoas num sismo mas diz-se "entre elas 12 eram ciranças".
Agora, a minha questão é a seguinte:
Qual é o limite em que não morrendo crianças esse desastre é mais chocante do que um mais pequeno mas com crianças?!?!?!? Isto é: 1 aluimento é mais horrivel se morrerem 1000 pessoas ou se morrerem apenas 500 mas entre elas 22 serem crianças?!?!?!?
No fundo a questão é saber( para efeitos de chocar a opinião pública) quanto vale 1 criança. Será que vale 100 homens? Será que vale 500? 200? Apenas 75?
Deixo o debate!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Pior ainda é quando uma tragédia só é uma tragédia quando morrem portugueses.
NOTÍCIA: Morreram 30 pessoas num acidente de autocarro numa autoestrada em Espanha.
COMENTÁRIO: Esses gajos não sabem conduzir! Aposto que o condutor tava com os copos.
NOTÍCIA: Morreram 30 pessoas, duas delas portuguesas num acidente de autocarro numa autoestrada em Espanha.
COMENTÁRIO: Coitados, vai uma pessoa de férias e acontece-lhe isto.
Enviar um comentário