quinta-feira, julho 27, 2006

Velhos supranumerários

Em todas as cidades portuguesas a comunidade idosa junta-se para passar os seus tempos livres junto daqueles que também não têm muito que fazer mas o problema é que estes cidadãos honestos não estão nos locais apropriados, não estão nos locais onde podem fazer a mesma coisa (nada) e contribuir para o bem comum.
Assim sendo propunha a criação de uma entidade regional ou camarária que pegasse em velhos que se encontram à sombra de árvores ou por baixo de um toldo de uma loja ou café central e os distribuísse pelos sítios mais necessitados. Há demasiados velhos concentrados em locais que não são úteis à sociedade e que não beneficiam o bem-estar da sua comunidade. Esta medida até seria um estímulo à economia do país, haveria um concurso público para a aquisição de camionetas para o transporte, trabalho para os desempregados encartados e para aqueles com boa capacidade de organização e mobilização.

Exemplos:
  • 3 velhos a jogar chinquilho numa rua da Cova da Moura iriam reduzir drasticamente o número de roubos por esticão
  • 1 velho numa passadeira à frente de uma escola primária reduziria o número de atropelamentos e fuga
  • 4 velhos a jogar à sueca numa caixa de cartão no Martim Moniz acabariam com a toxicodepência naquela zona
  • 2 velhas distraídas a fazer tricot no Cais do Sodré ou perto do técnico acabariam com a prostituição nestes locais

segunda-feira, julho 17, 2006

Boa Imagem

Terminou a semana passada o Campeonato do Mundo. Confesso que é engraçado ouvir, de 4 em 4 anos, certas declarações.

Acho uma graça especial àqueles treinadores de países modestos, na hora do regresso a casa após desaires consecutivos. Geralmente é mais ou menos uma coisa deste estilo:

- " Trabalhámos bem, estamos orgulhosos do que fizemos. Fomos até onde nos era possível e acima de tudo deixámos uma boa imagem do nosso país."

Ora, é aqui mesmo que eu quero chegar.....mas quem é que fica com boa imagem de um país só por causa de umas exibições sofríveis no Campeonato do Mundo?!?!

Parece que estou a ver um casal de alemães sentados em casa, a decidir o destino das suas férias:

- "Querido este ano deviamos ir para Cuba ou para a Polinésia Francesa."

- " Qual quê, não viste as exibições do Equador neste Mundial?? Aquele Tenório era uma categoria de jogador....este ano já temos destino!!"

Onde eu quero chegar é ao seguinte....Ninguém fica com boa impressão de países como o Togo, a Costa Rica, a Costa do Marfim ou o Irão por causa de 3 ou 4 jogos!!

Mas o engraçado é que quando se ouvem declarações do tipo "honrámos a camisola e acima de tudo as pessoas ficaram com boa imagem do nosso país" sabemos logo que se trata de um país de 3º ou 4º mundo!

Alguém imagina o treinador dos Estados Unidos após tareias sucessivas, na hora da despedida a dizer: " Estamos satisfeitos, fomos afastados mas deixámos uma boa imagem do nosso futebol e acima de tudo do nosso país"!!?!?!

Aliás isso é outra questão pertinente....para mim os Estados Unidos só participam no Mundial para que, de 4 em 4 anos, o resto do mundo lhes possa bater impunemente, sem consequências...!!

sexta-feira, julho 07, 2006

12º jogador

Já ouviram concerteza nas conferências de imprensa alguns treinadores e jogadores de futebol que numa de pedir incentivo às suas equipas e estádio cheio dizem isto por exemplo:
-"é um mata-mata e voçes são o nosso 12º jogador"
-"domingo temos que ser 12 contra 11,temos que aproveitar o factor casa"
-"seremos onze no campo e os nossos sócios o 12º jogador"
-etc,etc
Isto, como sabem, já se tornou um hábito sendo comum até além fronteiras.

Agora a paranóia.

Será que em modalidades com menos de 11 jogadores; tipo andebol, basket, futsal, etc, o staff também diz que o público(com todas as suas qualidades inerentes) também é o 12º jogador!?
Imaginem ai um Alexander Donner, treinador de um qualquer ABC(equipa de andebol para os mais incautos!) a dizer:
"queremos contar com o nosso 12 jogador, por isso venham ao pavilhao de Valongo no dia 7 porque queremos seguir em frente na Taça Challenge"