sexta-feira, janeiro 21, 2005

Nomes de Treinadores

Já repararam como qualquer ex-jogador de futebol, assim que passa a exercer qualquer cargo técnico ou administrativo dentro de um clube passa imediatamente a ser conhecido por um nome até aí desconhecido?

Na esmagadora maioria dos casos é acrescentado um nome - até aí ignorado- àquele que já era conhecido.Exemplos? Aloísio Alves, António André, Basílio Marques, Silvino Louro, Augusto Inácio, António Sousa, Fernando Chalana, Álvaro Magalhães, Manuel Dimas, Domingos Paciência, António Veloso, e por aí fora....

E até nem se pode dizer que este é um fenómeno local, é que encontramos destes casos por esse mundo fora, ou seja, jogadores de um só nome que, por artes mágicas, quando abandonam a sua actividade passam automaticamente a ter 2. Basta recordar Carlo Ancelotti, José António Camacho, Jorge Valdano, Didier Deschamps, Jean Tigana, Graeme Souness, Emílio Butragueño e por aí fora...

Porém casos há em que um nome/alcunha dá lugar ao nome completo do ex-jogador. Uma espécie de descodificação do nome de guerra. Por exemplo, Litos= Luís Carvalha, Fanã= Fernando Pires.

Rídiculo, rídiculo é o que andam a fazer a esse outrora símbolo de força e garra, chamando-lhe agora - num tom que lhe devolve uma mortalidade assustadora - Carlos Mozer!

Que espécie de promoção é esta que transforma qualquer vulgar ex-jogador num treinador de nome respeitável? É a única forma que se encontra para credibilizar a pessoa em questão?

Porque não manter o nome que sempre conhecemos? Quem é que noutros tempos se lembraria de chamar Frank ao irreverente, cerebral e desconcertante Rijkaard? Ou até mesmo George ao inconformado e genial Hagi? Há uns anos atrás alguém ousaria pronunciar o nome de Jurgen antes de se referir à máquina de golos Klinsmann? Que defesa tremeria ao saber que o temível Van Basten não passava afinal dum simples Marco?

Assim, é de realçar a existência de casos em que nada disto se passou. Queremos de vez que os nossos ex-jogadores sejam tratados como sempre os conhecemos. Vamos pois louvar e acariciar os nossos queridos Toni, Quinito e Neno!

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