quinta-feira, outubro 30, 2008

Licenciatura em Filho

O Mistério da Educação, no sentido das "Eternas Oportunidades", vai abrir novos cursos em Universidades Portuguesas de prestigio, que dão garantia de saída profissional.

Será uma Licenciatura em Filhos, passo a explicar:

- sempre que falamos com algum/a teenager de 18 aninhos fazemos a derradeira pregunta,"Queres entrar para quê?", à qual ele/a responde inevitávelmente, "Para Medicina!" ... isto no futuro deixará de fazer sentido, porque agora o que vai ser bom é tirar a Licenciatura em Filho. Assim no futuro quando perguntar-mos "O que estudas?", eles respondem "Estudo para Filho do Belmiro", o que não é facil, visto que é média de 18.7, mas haverá garantias de saídas profissionais.

Já imaginaram um gajo estudar para filho da Madona!
Mas a nota mais alta vai resgistar-se na Licenciatura em filho Jolie Pitt, fica-se bonito e tudo!

Portanto se conhecer alguem que vá entrar para a Faculdade, incentive a ir estudar para filho de alguém, nem que seja para filho do Major.

Para 2010 o Estado está a pensar seriamente em criar a "Pós-Graduação em Maçon" na Nova e um "MBA em Opus Dei" na Católica ... é emprego garantido!!!

Câmbio de 2 Bossas

Todos nós já ouvimos histórias rocambolescas envolvendo pessoas que foram a países do Norte de África com a namorada/filha/mulher/amiga e que, às tantas, foram confrontados com uma oferta deveras bizarra:

- “Ofereço X camelos pela tua namorada/filha/mulher/amiga”

Naturalmente ninguém aceita semelhante troca e acaba sempre por voltar ao Ocidente sem os ditos animais de 2 bossas.

Agora as minhas questões:

1. Quando esta história nos é contada geralmente falamos em grandes quantidades de camelos, isto é, o dito Árabe que cobiça a nossa namorada/filha/mulher/amiga não faz a coisa por menos e lança logo um número bem grande, estilo 200 ou 500 camelos. Nunca faz uma oferta mais modesta de 4 ou 5. Logo implica que o cavalheiro tem de ter os bichos guardados em algum lado. Será que a malta lá tem um curral onde guarda aos 2000 ou 3000 camelos de cada vez à espera de um Europeu que aceita semelhante troca? É que assim sendo tem de ser uma coisa em grande. E a despesa que isso dá?!? Tudo bem que os animais são poupados no que toca ao consumo de água, mas aquela bicharada toda a comer ainda dá alguma despesa. Compensa assim tanto manter essa criação de camelos com a esperança que um dia alguém aceite a proposta?

2. Sempre ouvi dizer que os Árabes são bons para negociar, mas esta é uma oferta que a meu ver não tem grande viabilidade. Passo a explicar…. Supondo que há um tipo que se sente interessado pelo negócio… é obrigado a desistir quanto mais não seja por uma questão de logística, isto é, como é que ele traz 500 camelos de volta? De avião? De barco? E a despesa disso tudo? (já para não falar no que é que ele iria fazer aos bichos). Por outro lado era lindo que alguém aceitasse. Imaginem a cena, o tipo chega a casa e pergunta o filho: “então pai que tal a viagem a Marrocos com a mãe e a mana?”; responde o pai: “correu lindamente, visitámos imensas coisas, conhecemos muito da cultura e no fim fomos a um mercado onde as vendi a um comerciante por 800 camelos. Embarquei-os em Marraquexe e chegam na segunda feira ao Porto de Sines”.
Já para não falar na delícia que seria um gajo ter uma moradia em Odivelas cheia de camelos no quintal.

3. Por falar em despesa há ainda outra questão a meu ver… é que se um Árabe faz uma oferta de 300 camelos por uma qualquer Carina aquilo tem de ser traduzir num valor qualquer. Isto é, tem de haver um valor monetário associado ao camelo. Será que nesses países existe uma taxa de câmbios como aquelas que vemos nos bancos com a taxa Camelo=EURO? Assim era mais fácil fazer contas.

4. Finalmente…. last but not least… Supondo que no lugar de uma acompanhante do sexo feminino levamos um homem. Partindo do pressuposto que há Árabes maricas, como é que é feita a oferta? Em camelas? Em camelos com defeito? Ou em dromedários?

quinta-feira, outubro 09, 2008

Repetentes Insaciáveis

No outro dia passei numa montra de quiosque que continha vários títulos de conteúdo e cariz pornográfico. Aliás as suas capas eram bem sugestivas e não davam grande margem para dúvidas.

De entre os vários registos presentes havia um que não só saltava à vista pela sua exuberância, como era também apelativo para o comprador, visto tratar-se de uma colecção. "Colegiais Rebeldes" de seu nome.

Ora todos nós já vimos este estilo de fetiche/cliché na indústria porno. Desde colegiais a enfermeiras, passando por professoras, agentes de segurança, etc... é uma velha fórmula que consegue sempre resultados positivos junto do consumidor.

Mas voltando um pouco atrás... tendo-me focado na saga das colegiais pude verificar que a colecção era extensa (cerca de 12 títulos: "Colegiais Rebeldes I, II, III, IV,....., XII"). Deixei a curiosidade ir mais além e li alguns daqueles resumos que aparecem na capa. Basicamente a receita do sucesso era quase sempre a mesma: "elas estão de volta para mais um ano escaldante", "novo ano mas muito mais acção", "os anos passam mas a fome fica", e por aí fora....

E a minha questão é? Mas aquelas gajas não estudam?!? Porra estão no colégio há uma carrada de anos e não há maneira de evoluirem? Já nem digo para a Universidade, mas ao menos para um curso tecno-profissional que lhes desse uma equivalência... assim podiam diversificar nos títulos: "Agente de Higiene e Segurança no Trabalho Gulosa III", "As fantasias de uma Técnica Agro-Pecuária VIII". Imaginem o brilhantismo de uma descrição como esta: "Conheça as taras e manias de uma aluna do Curso Técnico de Conservação e Restauro".

Já para não falar no assumir das falhas do sistema educativo que permite que haja alunas num colégio durante 12 anos que não fazem outra coisa senão cobrir com colegas, professores, empregados, pais, etc... (quer dizer se calhar passa um pouco por aí). Não há prescrições naquela escola?